Trabalho: provedor de sofrimento ou de prazer? (parte 1)


Entrevista para o programa Provocações da TV Cultura em 2003

Por Paula Ribas 
Revendo minha jornada profissional 
Desde que fui demitida, começo desse ano, impossível não pensar em duas questões: enviar meu currículo em busca de uma nova experiência profissional (aproveito para saber se posso te enviar, querido leitor ?) e a função do trabalho na minha vida. Você já parou para refletir por que trabalhamos?  O que queremos construir, qual nossa contribuição para o mundo?

Questionei-me para ir além do óbvio, quis cavucar e saber qual o sentido dos meus  20 anos de trabalho profissional. Aos 18 anos já trabalhava como atriz profissional, depois empreendi  e montei um escola de TV e Cinema, escrevi três livros e, em 2007, o jornalismo me cooptou absolutamente.

Quando o ganha “pão” fica comprometido a gente pensa mais, gasta menos e desenvolve magicamente criatividade para potencializar nossos talentos . A gente se abre para o novo, fica atento aos sinais, as possibilidades, as oportunidades e se permite fazer o que sempre sonhou e desejou.

Hoje meu tempo está mais lento, é todo meu, tenho lido muito a respeito do trabalho e me aprofundado na meta em me reinventar mais uma vez. Sim, quem trabalha com comunicação sabe bem do que estou falando, reinventar-se é a regra de ouro para fazer o que se ama. Coisas de quem não quer parar de trabalhar no que escolheu para fazer a vida inteira. Não sei se vou casar e muito menos se vai durar a vida toda, mas sei que meu trabalho em comunicação é meu casamento até o final dos meus dias. Prova disso foi uma breve participação que fiz no programa Provocações, da TV Cultura, em 2003. Recentemente, uma amiga viu o vídeo e me relembrou da promessa que fiz. É mais que um vídeo, para mim tornou-se um contrato, quase um pacto, que fiz com a comunicação e o jornalismo.


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